Por favor… Pare, agora!

Por favor… Pare, agora!

Você tem se sentido mais cansado? O tempo não tem sido suficiente? Os dias correm numa rapidez que você quase não consegue acompanhar?

Não se sinta só! O que está acontecendo? Parece que não temos tempo suficiente para viver, apenas sobreviver.

Acho que esse é um mal da nova geração. É tudo muito rápido, imediato. As informações, as sensações, os objetivos, os desejos, as emoções… E então, nós, que não somos desse tempo, nos pegamos desejando a tranquilidade e os dias compridos da nossa infância e adolescência, quando tudo parecia muito mais simples – e muito mais concreto.

É claro que esse avanço tecnológico cobra o seu preço. Temos a sensação de que nada é o suficiente e estamos sempre como os coelhos da Alice, totalmente apressados, caindo num buraco que está longe do país das maravilhas. As barreiras que separavam os nossos espaços caíram, não apenas pelo avanço da globalização, mas também pela pandemia que enfrentamos.

Esse momento histórico que vivemos mudou para sempre as nossas vidas, por mais que nós tenhamos insistência em tentar “retornar ao normal”. As nossas relações interpessoais se transformaram, bem como as nossas relações materiais.

A maioria de nós teve que se adaptar ao trabalho em casa. Por vezes, não sabemos mais reconhecer os limites entre as nossas funções, família e tempo pessoal.

Nós não temos menos tempo. O rodar dos ponteiros continua o mesmo desde que começamos a contar as horas. Mas nós estamos sempre em uma espiral de produtividade tóxica! “Eu preciso fazer isso”, “eu não deveria dormir sem terminar tal coisa”, “tenho muito trabalho amanhã”… E quando você se dá conta, perdeu o sono, o tempo de lazer, o prazer do convívio com amigos e familiares por estar com a mente presa nessa concepção de que precisamos sempre estar adiantando alguma tarefa.

Por favor, pare, agora! Respire fundo. Tire minutos inteiros só para você respirar. Inspira, expira, ore, conte os segundos de cada subida e descida do seu peito. Conecte-se consigo mesmo novamente. E pense: e agora, como posso me organizar melhor para estabelecer limites entre o que é minha vida e o que é espaço do outro?

Uma palavra é fundamental… Planejamento! Planeje o seu dia, a sua semana, o seu mês. E dentro desse planejamento, tenha obrigatoriamente um tempo dedicado a você. Não é egoísmo, não é falta do que fazer, é simples e puramente autocuidado. Faça alguma atividade que lhe dê prazer. Separe momentos para se exercitar, para comer com atenção total, para ver TV e (sim!!!) para desligar o celular e se desconectar do mundo. Você merece um tempo para ficar sem neura na sua rotina!

Que sejamos menos coelhos, rígidos e preocupados, e mais Alice, em busca da nossa maravilhosa identidade em um mundo mais confuso do que o que estávamos habituados!

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