Como será o nosso tão esperado “novo normal”?

Como será o nosso tão esperado “novo normal”?

Qual vai ser o nosso “novo normal”? Será que existe apenas um modo de enxergá-lo?

Muito se fala no coletivo, nesse momento, e no que seja melhor para todos. Mas são as ações e escolhas individuais que determinam nossa vivência coletiva. Por que é tão mais fácil olhar para o outro que para dentro? Somos rodeados de julgamentos e percepções que acabam até mesmo moldando as nossas próprias escolhas. Isso é justo com a gente? E mais importante ainda: é justo com o outro?

Essas são perguntas que precisarão, obrigatoriamente, nos acompanhar nesse momento em que visualizamos uma possível reabertura ao “novo normal”. Nem tudo que é correto e adequado para mim é, também, para você, e vice-versa. E está tudo bem com isso!

Nós somos seres complexos, inseridos em realidades muito particulares e carregamos bagagens (culturais e experenciais) diversas. O que precisamos aprender é conviver com as nossas diferenças, respeitando o espaço e liberdade individual de cada um ao nosso redor. E se aquilo que se propõem a pensar ou fazer for diferente da nossa visão de mundo, cabe a nós não julgarmos, entendermos essa divergência e seguirmos o nosso caminho, sendo fiéis às nossas verdades e escolhas.

Tento me apegar à essa filosofia de vida não só por acreditar que ela nos mantenha leais a quem, verdadeiramente, somos. Mas também porque desejo que meus filhos tenham seus pensamentos, personalidade e modo de ser respeitados – e acolhidos. Hoje, me pego pensando no que é melhor para nós, segundo o que acredito, mas isso, em momento nenhum, me dá o direito de apontar o “erro” de alguém, julgá-lo e comentar. Em que isso edifica quem eu sou e o modo como escolhi viver minha vida?

E, nesse sentido, nós caímos no verdadeiro questionamento que eu sempre me pego refletindo sobre: quem dita as nossas escolhas? E, mais importante: elas precisam ser ditadas? Há uma escolha errada? Se não ferimos a segurança, dignidade e sentimento alheio, quem define que o nosso certo é errado? E quando você pensa dessa maneira, é inevitável fazer uma autocrítica em relação ao nosso próprio comportamento com as pessoas ao nosso redor.

Escolha está diretamente ligada à liberdade. E liberdade envolve pensamento, personalidade, experiência de vida, sentimentos e, no fim, a própria existência em si. Somos nós quem sabemos o que nos faz bem, baseados no que somos livres para acreditar.

Há um “novo normal” no nosso horizonte, mas ele é único para cada um de nós.

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