Razão e emoção: como equilibrá-las em um relacionamento?

Razão e emoção: como equilibrá-las em um relacionamento?

O quanto você é “razão”? E o quanto é “emoção”?
E o seu parceiro(a)?

Cuidar de um relacionamento, seja ele qual for, não é uma tarefa fácil. Afinal, se relacionar envolve amar uma outra pessoa, com toda a sua complexidade – e com todas as diferenças entre nós e elas. Qual é o segredo, então, de um casal que vive anos juntos e ainda vive aquele amor e cumplicidade latentes?

Muitas pessoas acreditam que, em um relacionamento, precisamos aceitar tudo. Nada poderia ser mais enganoso! Um bom relacionamento passa longe disso. Ao meu ver, é nas diferenças e concessões que reside toda a beleza – e saúde – de um companheirismo forte e duradouro. 

Meu marido e eu somos pessoas muito diferentes. Enquanto eu sou pura emoção, no meu estilo aventureiro e corajoso de ser, meu companheiro é mais racional, realista e calmo. E como fazer dar certo isso? Na concessão: é ceder um pouco da minha emoção e receber um pouco de realismo. E, assim, a parte que me falta, ele me completa, e vice-versa. 

Nós temos uma tendência, por diversos fatores psicológicos e sociais, a contar apenas conosco. É quase um instinto de sobrevivência, afinal, até certo ponto da nossa vida, nós precisamos focar nos nossos objetivos individuais e persegui-los com afinco e muita objetividade. 

Mas quando decidimos partilhar a vida com alguém, nossa individualidade não é o centro, mas um complemento: o que falta em mim que meu parceiro(a) traz para a minha vida? E o que falta nele que eu posso ajudar a completar? É preciso um autoconhecimento enorme para enxergar o que podemos melhorar em nós mesmos, e um conhecimento profundo do outro para saber reconhecer seus defeitos e qualidades e como podemos completar um ao outro.

Encontrar esse equilíbrio entre o que nos falta e o que temos a oferecer é, além de reconhecer nossas falhas, abrir espaço – ou concessão, como gosto de dizer – para que outra pessoa, diferente de nós, nos traga completude e preenchimento.

E, em particular, para uma pessoa ansiosa e impulsiva, ter essa pessoa mais calma colocando meus pés no chão me traz clareza e mais objetividade para fazer boas escolhas não só para mim, mas para minha família. Saber equilibrar esses dois fatores é importante para manter não só o nosso relacionamento saudável, mas o nosso lar e, também, a nossa mente.

E por aí, o relacionamento anda “sem neura”? Vocês estão sabendo dosar razão e emoção?

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