Solidão: chega de estigmatizá-la!

Solidão: chega de estigmatizá-la!

Você gosta de ficar sozinho?

Muita gente responderia um sonoro “não” à essa pergunta. O motivo é simples: por muito tempo, a solidão foi muito associada à tristeza ou à inabilidade de socialização de alguns indivíduos. Mas que tal começarmos a desmistificar isso?

Eu adoro ficar sozinha. Momentos comigo mesma me ajudam a voltar ao meu eixo, me permitem um maior autoconhecimento, me possibilitam pensar com mais clareza e, claro, relaxar apreciando as coisas que eu gosto de fazer.

Veja bem, eu sou mãe e esposa, e eu amo ficar com a minha família e curtir momentos com eles. Mas eu também gosto de ficar sozinha – e nós, mulheres, precisamos derrubar o sentimento de culpa que nos acompanha quando decidimos colocar o nosso bem-estar e as nossas necessidades pessoais em primeiro lugar. Eu não desgosto de estar rodeada pelas pessoas que amo, pelo contrário. Mas eu também sei que preciso me conectar comigo, com os meus sentimentos e meus pensamentos.

Isso é saudável e, por vezes, extremamente necessário. Muitas mulheres, após a maternidade, se encontram naquele limbo bem conhecido (mas ainda pouco falado) da crise de identidade. Somos “mãe” por muito tempo, somos “amor” em alguns outros, somos “filha” em outros… Mas e a “Paula”? A Paula também continua aqui, com toda a sua personalidade, seus gostos pessoais e, principalmente a sua individualidade.

Quantas vezes nós queremos ficar sozinhas só para fazer as unhas, uma hidratação, ler um livro, relaxar no banho, ver uma série que gostamos? Isso é NORMAL! Não há nada de errado em gostarmos da nossa solidão, de vez em quando. Isso nos ajuda a voltar ao próprio eixo, a aprender como respeitar nossas necessidades e, principalmente, nos permite viver a vida com intensidade – pois, sem conhecer a si mesmo, como poderíamos sequer pensar nisso?

E esse é um cenário que não diz respeito apenas às mulheres que vivem a maternidade. Pessoas que vivem em um ciclo infinito da produtividade tóxica, homens que não se dedicam ao autocuidado e até mesmo os mais jovens que vivem uma vida super atarefada sem destinar um tempo correto ao próprio lazer. Em algum momento nos encontraremos nessas mesmas questões: mas e eu? Do que eu gosto? O que eu quero fazer? Como vou curtir um tempo comigo?

O mais importante é termos a plena certeza de que estar só não é errado ou triste – é simplesmente ter um momento para si. Talvez seja isso que falta por aí: um breve momento para você pensar que cuidar de si mesma não precisa ter neuras! Bora colocar em prática? ♥